Academia+ Sucesso Escolar – Programas (Inter)municipais de Promoção do Sucesso Escolar

Objetivo: Aposta na promoção precoce do sucesso na aprendizagem da leitura.

Público-Alvo: A intervenção é dirigida a todas as crianças com 5 anos na Educação Pré-Escolar (EPE) e crianças em risco no 1.º ano e com dificuldades no 2º ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico (1.º CEB).

Metodologia: Promoção de competências pré-leitoras e competências leitoras alicerce, num registo de intervenção sistemática, revestido de componente lúdica. Na EPE e no 1º ciclo ocorrem duas sessões de 45 minutos por semana, dinamizadas por um professor do AE em articulação com o titular educador de infância, em contexto de sala aula – no caso da EPE – e em articulação com o professor em contexto extra sala de aula no 1.º CEB.

Atividades: Estão definidas atividades para a EPE, direcionadas para o desenvolvimento da consciência fonológica – com enfoque especial ao nível do fonema – e atividades para o 1.º CEB, com enfoque na promoção do conhecimento do princípio alfabético – consciência fonémica e relações letra-som – e no processo de descodificação – leitura de palavras e pseudopalavras. As atividades a implementar são estruturadas através das seguintes ferramentas/conceitos:
– Plataforma digital que permite a avaliação individual das competências pré-leitoras e leitoras das crianças pelo professor, identificando competências deficitárias e propondo intervenção desenhada para o desenvolvimento das competências deficitárias, e subsequentes ciclos de avaliação/intervenção. Todas as ferramentas de avaliação e de intervenção são disponibilizadas via plataforma.
– Acompanhamento quinzenal com a equipa docente da implementação da metodologia; avaliação individual de cada criança, no início e final de cada ano letivo, ao nível das competências pré leitoras e das competências leitoras e elaboração e partilha de Relatório de Processo e Final.
– Oficina de Capacitação à equipa docente para avaliar e intervir na promoção do sucesso para a aprendizagem da leitura, ao nível da metodologia aplicada.
– Organização de um seminário por ano subordinado ao tema Aprendizagem da Leitura: Caso de Estudo CIM do Alto Alentejo.

Objetivo: Contribuir para despertar junto dos alunos dos vários graus de ensino o gosto pela matemática e uma melhor compreensão da sua natureza; de promover o desenvolvimento do ensino da Matemática a todos os níveis; de promover a qualidade do ensino/aprendizagem da matemática mediante a utilização e integração das novas tecnologias em sala de aula, através dos recursos disponíveis em plataforma especializada, capitalizando-se, assim, a familiaridade e o gosto dos alunos por ambientes mais tecnológicos.

Público-Alvo: Alunos e professores titulares de turma do 1.º Ciclo do Ensino Básico e professores mediadores do território educativo da CIMAA.
Metodologia

Metodologia: Considerando que os primeiros anos de escolaridade são essenciais para a construção do conhecimento em matemática (na construção do sistema de numeração, sentido do número e operações, estratégias de cálculo mental, desenvolvimento do sentido espacial,…) e para o desenvolvimento de capacidades transversais como o raciocínio lógico e resolução de problemas, e tendo em conta que a evolução da aprendizagem matemática se processa numa dinâmica contínua e em espiral, é importante o estabelecimento de bases sólidas para não serem comprometidas as aprendizagens dos anos seguintes. Note-se que o insucesso nesta disciplina tem, frequentemente, as suas raízes em aprendizagens incompletas ou disfuncionais, resultantes de uma construção pobre do edifício da matemática.
A intervenção da presente atividade, orienta-se de uma forma direta para os alunos, aproveita o gosto natural que estes têm por ambientes tecnológicos. Com esse objetivo, propõe-se munir os professores de ferramentas que lhes possibilitem incorporar, nas suas práticas diárias, metodologias que utilizem esse tipo de ambientes, devidamente articuladas com outras metodologias. Note-se que as aprendizagens são tanto mais ricas e eficazes quanto mais diversificadas as experiências e contextos que são facultados aos alunos, e é nessa perspetiva que esta atividade oferece uma grande diversidade de materiais e abordagens, permitindo aos professores trabalhá-los não só em contexto tecnológico, mas também concreto.

Atividades

Atividade 2.1 – Implementação do projeto.
• Promover a qualidade do ensino/aprendizagem da matemática mediante a integração das novas tecnologias em sala de aula, através dos recursos disponíveis na plataforma especifica.
• Munir os professores de uma ampla variedade de recursos, digitais ou não (apps e jogos sérios, vídeos, tarefas de apoio e jogos em pdf, …).
• Capacitar os professores para articularem, com autonomia, na sala de aula, os diferentes tipos de recursos pedagógicos disponíveis na plataforma, no processo de ensino/aprendizagem da matemática, para envolverem mais ativamente os alunos, levando-os assim a melhorar o seu rendimento escolar, nesta disciplina, desde o 1.º ano de escolaridade.
• Fomentar a utilização de jogos sérios da plataforma, orientados para a promoção de competências lógico-matemáticas e para o desenvolvimento de competências transversais, nomeadamente na resolução de problemas, memória, atenção, sabendo-se que a promoção de competências transversais através de jogos sérios é um apoio fundamental para a melhora das aprendizagens de conteúdos específicos.
• Proporcionar aos docentes/professores mediadores momentos de partilha e de reflexão em torno dos processos pedagógicos no âmbito da gestão do currículo de matemática do EB.

Atividade 2.2 – Apoio e monitorização das atividades dos docentes e dos alunos envolvidos em tempo real.
• Promover a qualidade do ensino/aprendizagem da matemática mediante a utilização das novas tecnologias em sala de aula, através dos recursos disponíveis na plataforma especifica, capitalizando-se, assim, a familiaridade e o gosto dos alunos por ambientes mais tecnológicos.
• Disponibilizar aos professores uma ampla variedade de recursos, digitais ou não (apps e jogos sérios, vídeos, tarefas de apoio e jogos em pdf, …), que possam ser aplicados, na sala de aula e fora dela, com vista à promoção do desenvolvimento matemático dos alunos.
• Implicar os professores, para articularem, com autonomia, na sala de aula, os diferentes tipos de recursos pedagógicos disponíveis na plataforma, no processo de ensino/aprendizagem da matemática, para envolverem mais ativamente os alunos.
• Fomentar a utilização de jogos sérios da plataforma, orientados para a promoção de competências lógico-matemáticas e para o desenvolvimento de competências transversais, nomeadamente na resolução de problemas, memória, atenção, etc.
• Proporcionar aos docentes momentos de partilha e de reflexão em torno dos processos pedagógicos no âmbito do desenvolvimento de competências de cálculo mental;

Atividade 2.3 – Avaliação da implementação do projeto em contexto real.
• Analisar a eficácia da utilização do projeto a nível da implicação dos participantes no processo de ensino/aprendizagem e no rendimento escolar dos alunos na disciplina de matemática.

Objetivo: 

• Melhor Integração e Sentido de Pertença à Escola
• Melhoria das relações em contexto escolar
• Promoção da socialização e aprendizagens interpares
• Melhor integração e aumento do sentido de pertença de crianças e jovens à escola (especial relevo para crianças migrantes)
• Prevenção e redução do abandono escolar
• Promoção do sucesso escolar

Público-Alvo: Alunos do 3º ciclo e secundário

Metodologia: A falta de competências de socialização e relação constituem uma das problemáticas atuais em crianças e jovens, e que estarão também na origem do agravamento das dificuldades de aprendizagem registadas, no aumento de comportamentos desviantes e de casos de bullying. Há um cada vez maior número de crianças e jovens com um atraso significativo nas aprendizagens facto que, a médio/longo prazo condicionará o seu futuro.
A socialização e a capacidade de estabelecer relações sociais saudáveis são essenciais no desenvolvimento humano. A predisposição do aluno para as aprendizagens é maior quando este sente que está num ambiente onde pertence e mantém laços sociais que o fazem sentir seguro e acolhido.
Desta forma, torna-se necessário pensar e estruturar uma resposta holística que promove a articulação e cooperação de diferentes atores sociais com o propósito de trabalhar e melhorar a relação e o sentido de pertença de crianças e jovens à escola e, consequentemente a melhoria das aprendizagens e do clima da escola. A presente atividade passa pela criação de Clubes de Aprendizagem, que se constituem como grupos de apoio ao estudo e à recuperação das aprendizagens.

Atividades: 5 Etapas da implementação dos Clubes de Aprendizagem

Atividade 3.1. – Capacitação de equipas multidisciplinares composta por técnicos dos municípios, na metodologia de aprendizagem
Com o propósito de tornar esta resposta replicável e contínua após o financiamento do projeto, a proposta é a de capacitar uma equipa multidisciplinar de técnicos das áreas social e de educação (e eventualmente outras que considerem importantes, como juventude, etc) de cada município. Trata-se de uma capacitação que será uma mais valia para a valorização dos recursos humanos do município.
Atividade 3.2. – Realização de diagnóstico de necessidades com equipa multidisciplinar
Após a capacitação, segue-se uma sessão de diagnóstico com as equipas, de forma a aferir as necessidades e recursos específicos de cada município, e desenhar a melhor estratégia para a implementação e dinamização dos Clubes de Aprendizagem.
Atividade 3.3. – Capacitação de técnicos e assistentes operacionais nas escolas e Capacitação de técnicos ligados a associações e projetos educativos do município
As equipas técnicas e os assistentes operacionais, desempenham um papel primordial na escola e no dia-a-dia das crianças e jovens. São, muitas vezes as figuras mais próximas e a quem as crianças e jovens mais recorrem, pelo que a melhoria do clima da escola, o trabalho relacional e de sentido de pertença, deve passar por uma maior capacitação destes profissionais em competências socioemocionais.
De forma a alargar ao maior número possível de crianças e jovens, importa também incluir os técnicos ligados a projetos e associações de cariz educativo do município. Estas respostas sociais compõem um importante papel no apoio e capacitação dos jovens, pelo que a sua colaboração num projeto deste tipo é fundamental.
As equipas multidisciplinares municipais, participarão ativamente na capacitação para os técnicos e assistentes operacionais das diferentes escolas dos municípios, assim como para os técnicos ligados ao associativismo, fomentando também a relação entre município e estes profissionais e associações.
Atividade 3.4. – Capacitação dos pais e encarregados de educação
A abordagem holística deste problema não pode excluir os pais e/ou encarregados de educação. Com o propósito de sensibilizar, alertar e capacitar para a necessidade do desenvolvimento das competências sociais e emocionais, as sessões de parentalidade ajudarão a consolidar a estratégia de implementação do projeto, e serão um contributo positivo na relação pais e escola.
Atividade 3.5. – Implementação e apoio à dinamização do Clube de Aprendizagem
Pretende-se que a definição da estrutura, implementação e funcionamento seja pensada e desenhada pela equipa multidisciplinar no momento do diagnóstico e respeitando a realidade de cada município.
Estes Clubes funcionarão como grupos de apoio ao estudo, um espaço onde as crianças e jovens com dificuldades de aprendizagem encontram o apoio emocional e pedagógico necessário para colmatar as suas necessidades.

Objetivo:

• Fornecer a cada escola participante dados sobre: as competências dos seus alunos em leitura, matemática e ciências; relações professor-aluno; clima disciplinar na escola; atitudes e envolvimento dos alunos na aprendizagem e competências socioemocionais;
• Desenvolver oportunidades de desenvolvimento profissional global entre pares sobre a melhoria dos resultados da aprendizagem, através da conceção de uma série de atividades de pós-avaliação com o objetivo de apoiar os profissionais de educação na implementação de medidas de promoção do sucesso escolar baseadas em dados concretos.

Público-Alvo: Alunos com idades compreendidas entre os 14-15 anos de idade, pertencentes a turmas com pelo menos 45 alunos, no Alto Alentejo.

Metodologia: PISA for Schools é um projeto da OCDE que visa melhorar as oportunidades de aprendizagem e o bem-estar dos alunos, capacitando professores e dirigentes escolares através de redes de comunidades de aprendizagem profissionais globais e da avaliação comparativa internacional. Portugal participou em todos os ciclos PISA até à data. Atualmente, cerca de 80 países de todo o mundo que participam no projeto.
Foi desenvolvido para ser usado por escolas e redes locais de modo individual. Sabendo como é importante os alunos estarem preparados para entrar numa economia global, na qual o parâmetro de sucesso educacional já não é apenas definido pelos padrões nacionais, desde a primeira hora que professores, diretores de escolas e gestores locais manifestam grande interesse no benchmarking internacional, desde que as informações recolhidas sejam acompanhadas de observações bem claras sobre como potenciar a melhoria do desempenho. Também tem sido registado o crescente interesse que estes profissionais apresentam na procura de ligações com os seus pares à volta do mundo para compartilha das suas perceções profissionais, colaborando e aprendendo uns com os outros. O apoio aos líderes escolares, professores e educadores para a concretização destas suas aspirações resume o objetivo do instrumento PISA para as Escolas.

Atividades:

Após a aplicação do Teste PISA para as Escolas cada Escola receberá um relatório com a seguinte informação quantitativa e qualitativa:

I. Competências Cognitivas: o que os Alunos da Escola sabem e conseguem fazer
– Desempenho dos Alunos no domínio da Leitura;
– Desempenho dos Alunos no domínio da Matemática;
– Desempenho dos Alunos no domínio da Ciência;
– Os resultados da Escola ao longo dos diferentes níveis de proficiência do PISA;
– Análise do desvio existente entre alunos com desempenho mais elevado e mais baixo;
– Análise sobre o desempenho de rapazes e raparigas;
– Análise do efeito do Índice Socioeeonómico dos Alunos no seu desempenho;
– Análise do desempenho da Escola no contexto Socioeconómico do país;
– Evolução temporal do desempenho dos alunos;

II. Análise da autoeficácia dos Alunos e do seu envolvimento na Aprendizagem
– Motivação para a Leitura;
– Autocompreensão dos alunos sobre a sua autoficácia na Leitura;
– Motivação para a Aprendizagem da Matemática;
– Autocompreensão dos alunos sobre a sua autoficácia na Matemática;
– Motivação para a Aprendizagem das Ciências;
– Autocompreensão dos alunos sobre a sua autoficácia em Ciências;

III. Voz do Aluno: como os Alunos se sentem na Escola
– Clima disciplinar na sala de aula;
– Relações entre Alunos e Professores;
– Bullying na Escola;

IV. Perspectivas sobre as Competências Sócioemocionais dos Alunos
– As diferentes dimensões das Competências Socioemocionais;
– A influência do género no desenvolvimento das Competências Socioemocionais;
– A influência do Índice Socioeconómico dos Alunos no desenvolvimento das suas Competências Socioemocionais;
– A relação entre resultados de vida e as Competências Socioemocionais.

Esta informação constitui a base de trabalho para o desenrolar das tarefas subsequentes de análise e partilhas internas e externas assim como da aprendizagem colaborativa no âmbito da Comunidade PISA para as Escolas em Portugal.

Objetivo:

• Monitorizar e avaliar as medidas previstas no Projeto Intermunicipal de Promoção do Sucesso Escolar da CIMAA, tendo em conta os respetivos indicadores de realização e de resultado.
• Recolher e sistematizar dados e informação sobre o sistema educativo regional do Alto Alentejo que facilite a monitorização e a reflexão sobre a qualidade, eficácia e eficiência do sistema educativo regional e que constitua uma ferramenta relevante para os processos de tomada de decisão da CIMAA, das Câmaras Municipais e das Escolas.
• Implementar uma plataforma que facilite a partilha e a comunicação de dados estatísticos e de informação atualizada sobre o sistema educativo regional com toda a comunidade.
• Apoiar a comunidade educativa nos seus processos de autoavaliação e de elaboração de documentos estratégicos internos das escolas, bem como na estruturação de projetos, programas e atividades.

Atividades:

Atividade 5.1 – Monitorização e avaliação das medidas previstas no Projeto Intermunicipal de Promoção do Sucesso Escolar
• Definição de indicadores de monitorização, de realização e de resultado, de cada uma das medidas previstas no Projeto Intermunicipal de Promoção do Sucesso Escolar da CIMAA;
• Definição do protocolo de recolha e de tratamento de dados;
• Recolha sistemática e periódica dos dados relativos a cada uma das medidas;
• Tratamento, sistematização e divulgação dos dados recolhidos sobre os indicadores de realização e de resultado de cada uma das medidas.
 
Atividade 5.2 – Plataforma de Informação do sistema educativo regional
• Definição das informações e dos dados estatísticos caracterizadores do sistema educativo regional do Alto Alentejo, como por exemplo, informações gerais do parque escolar e da oferta educativa/formativa; dados relativos à população escolar (alunos, docentes, não docentes); indicadores de desempenho e de abandono escolar, …;
• Definição das fontes e dos protocolos de recolha e tratamento dos dados;
• Sistematização e disponibilização da informação para toda a comunidade.
 
Atividade 5.3 – Criar e manter atualizada a plataforma pública do OdE-AA
• Criação da estrutura da plataforma e do respetivo design gráfico;
• Carregamento e edição da informação e dos dados estatísticos;
• Manutenção e atualização da informação e dos dados disponibilizados na plataforma.