Os trabalhos com vista à elaboração da Avaliação da sustentabilidade e desenvolvimento, integrado dos recursos hídricos e energéticos do Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato, já se iniciaram e têm estado a decorrer ao longo do mês de maio, com sessões de esclarecimento e recolha de informação junto dos agricultores sobre o alcance da zona de regadio. 

Os blocos de rega projetados alcançam os concelhos de Crato, Fronteira e Alter do Chão e as reuniões com os agricultores, presidentes e técnicos dos municípios decorreram a 10, 24 e 25 de maio nestes concelhos respetivamente. Joaquim Diogo, presidente da Câmara Municipal do Crato e os técnicos da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), participaram e acompanharam todos estes encontros promovidos pela empresa responsável pelos estudos em questão, AQUALOGUS – Engenharia e Ambiente, Lda, com a finalidade de efetuar o levantamento de informação necessária para esta fase do projeto. 

Os estudos e a avaliação que estão a ser levados a cabo nesta fase, constituem uma parte fundamental da informação que o projeto da Barragem do Pisão necessita para a sua posterior execução, pelo que o esforço concertado dos autarcas do norte alentejano, do governo, de associações e outras entidades da sociedade civil revela o empenho global numa infraestrutura absolutamente necessária para o desenvolvimento da região.

O Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato

A Barragem do Pisão, como também é conhecido, é uma obra com um âmbito geográfico que inclui todo o território Alto Alentejo, nomeadamente os concelhos de Alter do Chão, Avis, Arronches, Castelo de Vide, Crato, Campo Maior, Elvas, Fronteira, Gavião, Marvão, Monforte, Nisa, Ponte de Sor, Portalegre e Sousel.

A construção da barragem resultará numa capacidade de armazenamento de 114M m3 de água, considerada fundamental num quadro de alterações climáticas.

São também muito importantes os valores de redução das emissões carbónicas que se prevê obter com este empreendimento, superiores a 150.000 Ton de CO2 por ano, sendo que em Portugal a produção anual total atinge os 70,8 Mton anuais.