A Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) assistiu recentemente à apresentação pública da Estratégia Regional de Adaptação às Alterações Climáticas do Alentejo (ERAACA), que teve lugar na CCDR Alentejo, em Évora.

A ERAACA é uma estratégia que visa melhorar o conhecimento sobre as alterações climáticas no Alentejo, dotando a região de um diagnóstico detalhado de impactos climáticos que permita identificar medidas de adaptação às alterações climáticas e, simultaneamente, criar as estratégias e capacidades institucionais necessárias para promover medidas transversais, setoriais e territoriais e formar agentes socioeconómicos para atuar em consonância com a estratégia de adaptação às alterações climáticas.

Com este objetivo em mente foram apresentadas cinquenta medidas de adaptação às alterações climáticas divididas por dez áreas estruturantes: biodiversidade, gestão de recursos hídricos, serviços de ecossistemas, energia e segurança energética, zonas costeiras e mar, desenho urbano, infraestruturas e equipamentos, transportes e comunicações, saúde e sistemas alimentares.

Estas medidas preveem, entre outras iniciativas, a criação de um programa de restauro ecológico, a avaliação e fortalecimento da infraestrutura e capacidade de resposta dos sistemas de saúde, a remodelação dos sistemas urbanos de abastecimento de água e aumento da eficiência na utilização da rega, a promoção do uso de fontes de energia renovável, a promoção da mobilidade suave e do uso dos transportes públicos, o desenvolvimento de soluções adaptativas a eventos climáticos extremos em contexto urbano, entre outras.

De salientar que a CIMAA aprovou o seu Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas em setembro do ano passado e possui, atualmente, diferentes projetos que visam atingir esses mesmo objetivos, estando por isso alinhada e comprometida com a Estratégia Regional apresentada na última sexta-feira pela CCDR Alentejo.

A sessão terminou com a intervenção da Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, que realçou a importância deste instrumento para a união das sub-regiões e das instituições em foco de um mesmo objetivo: o de tornar a região do Alentejo uma região cada vez mais sustentável e resiliente face ao contexto das alterações climáticas.